A Caixa Seguridade Participações S.A. protocolou, em 9 de março de 2025, um pedido de registro para uma oferta pública secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação visa aumentar o percentual de ações em circulação (free float) da companhia para 20%, conforme exigências do Novo Mercado da B3, já que atualmente apenas 17,25% das ações estão em circulação.
Detalhes da oferta
A oferta será realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado, sob a coordenação do Itaú BBA, que atuará como coordenador líder, ao lado da própria Caixa Econômica Federal, do BTG Pactual, do Bank of America e do UBS BB. O processo seguirá as diretrizes da Resolução CVM 160 e das normas da ANBIMA e da B3.
Simultaneamente, haverá esforços para a colocação das ações no mercado internacional. Nos Estados Unidos, os papéis serão oferecidos a investidores institucionais qualificados conforme a regulação da Securities and Exchange Commission (SEC). Nos demais países, a oferta se destinará a investidores não considerados “U.S. Persons” conforme a definição do Regulation S da SEC, respeitando a legislação local de cada jurisdicção.
Considerando o preço de fechamento das ações na última sexta-feira (7), de R$ 15,99, a operação pode movimentar aproximadamente R$ 1,319 bilhão. A fixação do preço por ação no âmbito da oferta está prevista para ocorrer em 19 de março.
Impacto no mercado e expectativas dos investidores
Após o anúncio da oferta, as ações da Caixa Seguridade registraram queda no pregão desta segunda-feira (10). Por volta das 14h55, os papéis recuavam 2,81%, sendo negociados a R$ 15,54, com oscilações entre a máxima de R$ 15,69 e a mínima de R$ 15,09.
Especialistas apontam que a oferta não deve causar diluição aos acionistas atuais, uma vez que não haverá emissão de novas ações, mas sim a venda de ações já existentes sob posse do controlador. Essa movimentação tende a aumentar a liquidez dos papéis e alinha a companhia às normas do Novo Mercado, o que é considerado positivo para os investidores.
Analistas do Goldman Sachs esperam que a oferta melhore o volume médio diário de negociação das ações, atualmente em US$ 11 milhões, abaixo da mediana dos pares financeiros na América Latina, que é de US$ 42 milhões.
Perspectivas de dividendos
A Caixa Seguridade é reconhecida por sua política de dividendos atrativa. Especialistas estimam que a empresa deve pagar um rendimento em dividendos de aproximadamente 9% em relação ao seu valor de mercado, tornando o papel atrativo para investidores que buscam renda passiva.
